Prático, fácil, sustentável e útil
O nome de Diadorim, que eu tinha falado,
permaneceu em mim. Me abracei com ele. Mel se sente é todo lambente – Diadorim
meu amor.... Como é que eu podia dizer aquilo? Explico ao senhor: como se drede
fosse para eu não ter vergonha maior, o pensamento dele que em mim escorre
figurava diferente, um Diadorim assim meio singular, por fantasma, apartado por
completo do viver comum, desmisturado de todos, de todas as outras pessoas –
como quando a chuva entre-onde-os-campos. Um Diadorim só para mim. Tudo tem
seus mistérios. Eu não sabia. Mas, com minha mente, eu abraçava com meu corpo
aquele Diadorim – que não era de verdade... Aquilo me transformava, me fazia
crescer dum modo, que doía e prazia. Aquela hora, eu pudesse morrer, não me
importava.
João Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas
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